Mundé; Pinhas, Pias, mas nunca Pinhais…
Desde criança que conheço muito bem aquela região da “Serra das Pinhas”. Era assim chamada. Uma serra cheia de histórias de acidentes com caminhões, ônibus, carros de passeio, etc.
E época de chuva ninguém subia, e muito menos descia.
Quando digo que conheço bem, eu retorno à minha infância, porque ali, tanto eu como meus irmãos, primos e a família em geral, vivíamos nos períodos de férias no sítio dos nossos avós, o inesquecível Luciana.
O carinho por este cantinho dos nossos avós ainda é tão grande, que uma das minhas irmãs batizou uma filha de Luciana.
A ida poderia ser a pé ou a cavalo, entrando ali em Palmeira de Fora, passando pela fazenda do saudoso José Leite, em Riacho Fundo, e chegando ao pé da serra, na Bodega do Sr. Floro Amaral. Tinha o Pedro, também.
Já quando era de automóvel, tinha algumas opções interessantes; Expresso Cara de Gato (alguém se lembra?) que fazia a linha Palmeira x Recife x Palmeira, Princesa do Agreste, fazia Palmeira x Caruaru x Palmeira, ou o Expresso Pernambucano, que depois deu lugar ao Zé do Óleo.
Descíamos na Bodega do Sr. Floro, e entrávamos à esquerda para um percurso a pé por mais ou menos dois quilômetros, até chegarmos para o abraço dos nossos avós, cuja casa bem possante, chamava a atenção de quem passava em direção ao Serrote do Vento, Lagoa da Areia ou Lagoa do Canto.
Tudo bem; revivi tudo isto durante esta semana, lendo os portais da cidade, quando noticiaram um acidente naquela serra, hoje asfaltada, fruto do progresso.
Resumo desta balada; Quando se referiram ao do acidente, ocorreram variações enormes de denominação, o que me leva à certeza, de que cabe um estudo por parte de algum palmeirense, muito ligado na história do nosso municipio.
Vejamos as denominações;
Pias, Pinhas, Pinhais, e mais alguns nomes estranhos. Individualmente, estou com Pinhas, muito embora Pias seja válido, porém historicamente (tenho 65), sempre foi para mim e geração, a arriscada Serra das Pinhas.
Neste conflito, quem denominou de Pinhais, certamente nunca viu um Pinheiro.
Correto, Ana Adelaide?
Luiz Antonio Albuquerque
Jornalista profissional – DRT: 0001279/ES