Google criará mecanismo para “deletar” informações de buscas
O Google está desenvolvendo um mecanismo para apagar os dados de usuários que não querem suas informações disponíveis em buscas pela internet, segundo informa nesta quinta-feira o Wall Street Journal. O movimento ocorre depois de decisão da Corte de Justiça da União Europeia que determinou “o direito de ser esquecido” aos cidadãos do bloco.
Com a decisão os serviços de busca na Internet deverão remover informações que sejam “inadequadas, irrelevantes ou não mais relevantes”. Caso não o façam, podem ter de pagar multas. O Google já está recebendo pedidos para remover as informações pessoais ofensivas de seu sistema, mas de acordo com o Wall Street Journal o mecanismo que agilizará o processo estará disponível primeiro na Alemanha.
Sem o mecanismo automatizado, o Google teria de construir um “exército de especialistas em remoção” de conteúdo em cada um dos 28 países da União Europeia, incluindo aqueles em que o Google não tem operações, disse a fonte. Enquanto a ferramento não está disponível, é possível tentar a remoção por meio deste link, inclusive para quem não mora na Europa.
Os europeus podem submeter pedidos de remoção de conteúdo diretamente às companhias de Internet em vez de recorrer a autoridades locais ou publicações. O Google é o principal mecanismo de busca online na Europa, dominando cerca de 93% desse mercado, de acordo com a empresa de estatísticas global StatCounter. O Bing, da Microsoft, tem 2,4%, e o Yahoo, 1,7%.
A empresa disse estar decepcionada com a decisão, que segundo a companhia difere dramaticamente da opinião de um conselheiro da mesma corte que concluiu no ano passado que deletar informação de resultados de pesquisa poderia interferir na liberdade de expressão.
O Yahoo está “analisando cuidadosamente” a decisão para estabelecer o impacto para seus negócios e seus usuários, disse um porta-voz da empresa em comunicado. “Desde nossa fundação quase 20 anos atrás, apoiamos uma Internet aberta e livre, não uma Internet ofuscada pela censura.” A Microsoft não quis comentar a decisão.
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