Réplicas da taça do mundo são confeccionada em Maceió

dsc08286A taça do mundo inspira apaixonados por futebol no ano da Copa. Embalado pela música feita para festejar o primeiro título mundial da Seleção, em 1958, o comerciante e artesão Valdecir Selerino da Silva está confeccionando réplicas do cobiçado troféu em Maceió. Para ele, não tem como dar errado, a taça do mundo vai ser outra vez do Brasil em 2014.

Natural de Pernambuco, seu Valdecir reside na capital alagoana há 40 anos. E há três tem um ateliê localizado na Ladeira do Óleo, no bairro Jacintinho. É lá que ele fabrica e vende as taças feitas com as próprias mãos. A ideia de replicar o famoso troféu surgiu através de um pedido de encomenda.

– A ideia surgiu na Copa do Mundo da África em 2010. Conheci um rapaz da Bahia, que me pediu para fazer uma cópia da taça. Então, fiz uma pra ele e outra pra mim. Daí então comecei a confeccionar – contou, explicando como é o processo de fabricação do troféu.

– Ela é feita num sistema onde fazemos um molde, colocamos o gesso, embolamos a primeira vez, deixamos secar, depois embolamos uma segunda vez e damos o acabamento, com o aparelho e a pintura. Demora em torno de 15 dias para cada peça ficar pronta.

No processo de “embolar”, como chama seu Valdecir, o jovem Emerson Ferreira da Silva fica responsável por dar andamento ao trabalho. O estudante afirmou que demora aproximadamente 30 minutos colocando o gesso na água, manuseando e depois repassando o objeto para a etapa seguinte.

Com o produto pronto, Valdecir comercializa cada unidade por R$ 40,00. Segundo ele, já foram confeccionados cerca de 140 troféus.

– Já saiu bastante. Vendo ela desde o mês passado. Nós temos aproximadamente 70 peças à disposição. Graças a Deus, está sendo um negócio lucrativo. Ano de Copa, e daqui pra frente melhora. Se o Brasil for campeão, que vai ser né, tem que ser otimista (risos) – revelou o artesão, que já havia vendido taças no período da Copa passada.

A réplica feita por Valdecir Selerino tem cerca de 30 centímetros e é feita de gesso. O produto só pode ser encontrado no endereço da loja, no bairro do Jacintinho. Segundo o proprietário, o ambiente abre às 7h e só fecha às 20h, e funciona de segunda a segunda.

Trabalhando nos sete dias da semana, o comerciante disse que, durante a Copa do Mundo no Brasil, vai fechar o negócio, pelo menos no horário dos jogos da Seleção.

– Ah, não! Estarei assistindo (risos). A taça aqui não tem isso não, quando for no dia do jogo mesmo, não tem pra ninguém não, tem que fechar a loja.

A convocação do técnico Luiz Felipe Scolari na última quarta-feira animou seu Valdecir, de 58 anos.

– Não assisti, mas gostei da convocação. Acho que vai dar. Confio no Felipão, é o Felipão e acabou. Acredito que o Neymar vai ser o craque da Copa, ele está mandando na bola. Estou confiante de que a taça vai ficar no Brasil.

Fora a Seleção, o CRB e o Corinthians são os dois clubes do coração do pernambucano. Apesar de acompanhar o futebol, o artesão não frequenta mais o Estádio Rei Pelé.

– Dificilmente vou ao Trapichão, não lembro a última vez que fui. A violência é grande, você sair de casa para ir ao estádio, atualmente, está correndo um risco. Melhor acompanhar pelo rádio ou televisão, é mais sossegado – observou.

A taça da Copa do Mundo está em tour pelo Brasil. No próximo sábado, o troféu estará exposto durante todo o dia no Shopping Pátio, em Maceió. Adepto da causa, seu Valdecir confirmou presença, e deve ‘namorar’ o objeto que o ajuda a pagar as despesas da casa.

Serviço

O ateliê também acomoda uma réplica em miniatura, vendida por R$ 5,00. Esculturas de imagens religiosas e até de personagens de vídeo game também são comercializadas por Valdecir. Quem quiser adquirir uma taça pode entrar em contato pelo número (82) 8828-8757.

 

Fonte: Globo Esporte

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