As cartas estão na mesa?
Será que estão?
O governador desagradando a gregos e troianos foi o primeiro a colocar cartas na mesa quando disse que não era candidato e não foi porque não deixou o governo.
Depois alijou do campo de batalha seus grandes colaboradores: o vice Nonô, o braço direito Luiz Otávio e o tocador de obras, Marcos Fireman.
Para surpresa geral, inclusive dos comentaristas de plantão, gritou em alto e bom som que seu candidato era o ex procurador geral de justiça e ex-secretário de defesa social – por curtíssimo período – Eduardo Tavares.
E. sem mais dizer, assim ficou.
A oposição trabalhou unida, buscou nomes e composições, promoveu debates, criou sites na internet, mostrou caciques, permitiu conjecturas e nos “finalmente” pela voz do seu guia maior, Renan Calheiros, foi ungido candidato ao governo o primeiro filho, Renan, claro, Filho.
Para o Senado, confirmadíssimo, Fernando Collor e nem podia deixar de ser.
E Cícero Almeida que estava junto desde o princípio, viu suas pretensões de coligação eterna caírem por água abaixo ao ver o seu pequeno PRTB ser expulso daquela coligação em nome da presença de figuras políticas que não interessavam ao esquema.
E será que Almeida com a densidade eleitoral que tem vai ficar quietinho?
E o que dizer de Nonô, do DEM, que passou quatro anos certo de que assumiria o governo por 9 meses e que seria o candidato natural à reeleição?
Ficou no mato sem cachorro buscando uma saída honrosa e possivelmente deixando que o DEM o coloque como candidato ao Senado, meio que no suicídio.
Ah! Sem nos esquecermos que nos pulos trapezísticos do governador, a figura de Senador ainda não entrou e nem foi indicado por ele, governador, nenhum candidato.
Enfim, seu fiel acompanhante ( para ele) e infiel (para Almeida), Biu de Lyra, candidato a governador desde o princípio, ainda não degustou e nem vai engolir a traição do agora.
Por tudo isso eu volto à pergunta que fiz no início:
As cartas já estão todas postas na mesa?
Duvido!!!