Rio proíbe veículos fretados e venda de bebidas perto do Maracanã na Copa
A prefeitura do Rio não vai autorizar o acesso de veículos fretados, como ônibus e vans, ao Maracanã, durante a Copa do Mundo. No entorno do estádio, a Guarda Municipal fará bloqueios, onde somente ônibus e vanscredenciadas vão poder entrar.
O diretor de operações da Companhia de Engenharia e Tráfego do Rio (CET-Rio), Joaquim Diniz, disse que não será permitido que as agências de turismo vendam algum tipo de pacote prometendo o acesso ao Maracanã.
“As pessoas vão ser bloqueadas e a Guarda Municipal vai ser muito dura nisso. Chegar ao Maracanã através do metrô e através do trem vai chegar. Quem tentar utilizar algum instrumento alternativo, como ônibus fretado, vai ser barrado e os passageiros não vão conseguir chegar próximo. Será uma situação constrangedora”, disse.
O diretor explicou que os veículos que chegarem à cidade serão direcionados ao bolsão, que será criado na Ilha do Fundão, na zona norte, e de lá quem vier de fora do Rio poderá circular livremente na cidade fazendo a conexão pelo BRT Transcarioca e depois no sistema de metrô.
Segundo o prefeito do Rio, Eduardo Paes, há informação de que agências de viagem estão vendendo pacotes dizendo que a pessoa vai chegar no aeroporto e seguirá de ônibus até a porta do Maracanã. “Isso não vai acontecer. No serviço de acesso a este polígono [de bloqueios], os ônibus não ultrapassarão a área de bloqueio”, garantiu.
O prefeito fez um apelo para que em dias de jogos da Copa as pessoas que costumam usar o trajeto próximo ao estádio evitem fazê-lo porque a área estará em uma circunstância especial, com relação à mobilidade.
Na avaliação de Diniz, a decretação dos feriados em dias de jogos busca também reduzir a quantidade de pessoas em circulação nas ruas, diminuindo o potencial congestionamento no entorno do Maracanã. “Queremos evitar o conflito de pessoas versusveículos. Nós não queremos ter uma travessia forte de pessoas em direção ao Maracanã em vias que estão sendo utilizadas por automóveis”, explicou.
Os moradores do entorno que precisarem utilizar os seus carros terão credencial para acessar às ruas, que estão dentro da área de bloqueio. O diretor disse que será repetido o esquema adotado na Copa das Confederações, quando 2 mil moradores receberam as credenciais.
“Houve uma compreensão muito grande dos moradores só circulando realmente nesta área quando realmente necessário. Nós não percebemos em todos os jogos da Copa das Confederações uma movimentação grande de veículos, de moradores, nos horários de pico de chegada ou saída do público. Foi um trabalho casa a casa da subprefeitura da Tijuca, que vai ser feito mais uma vez. Todos serão informados. E também sobre estacionamento, porque algumas casas não têm garagem e os moradores terão que deslocar os seus veículos em dias de jogos”, explicou.
A prefeitura decretou recesso escolar nos dias 16,17,18, 20, 23, 24, 25, 26 e 27 de junho. No dia 18, com jogo marcado para as 16h, e no dia 25 em que a partida começa às 17h, haverá feriados parciais a partir do meio-dia.
Já no dia 4, como o jogo de quartas-de-final começa às 13h, será integral. De acordo com o prefeito, estão excluídos dos feriados os trabalhadores de serviços essenciais, unidades de saúde públicas e privadas, transporte público, comércio de rua e centros comerciais, galerias, shoppings, bares, restaurantes, estabelecimentos culturais, pontos turísticos e empresas de comunicação.
Outra proibição para a área do entorno do Maracanã é a venda e o consumo de bebida alcoólica. Segundo o secretário de Ordem Pública do município, Leandro Matieli, a proibição vale para dez ruas da região, no período entre duas horas antes dos jogos até duas horas depois do fim das partidas. A Guarda Municipal vai acompanhar o cumprimento da medida, prevista no Decreto 30.417. “Hoje, com 7.500 agentes, a quarda vai balizar esta atuação”, disse o secretário.
As orientações fazem parte do Manual de Procedimentos para Grandes Eventos – Copa do Mundo 2014, lançado hoje pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, no Centro de Operações da prefeitura, na Cidade Nova.
Agência Brasil