Presídio do Agreste volta a ser alvo de denúncias de tortura
Menos de dois meses depois de vistoria das comissões de Direitos Humanos e do Advogado Criminalista e Relações Penitenciárias da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas (OAB/AL), o Presídio de Segurança Máxima do Agreste, localizado na cidade de Girau do Ponciano, volta a ser alvo de denúncias de tortura, maus tratos e descaso contra os presos. Na tarde desta segunda-feira (28), um grupo de esposas de detentos do presídio esteve na sede da OAB/AL para denunciar os problemas novamente, como foi feito no último dia 4 de fevereiro.
Tortura, maus tratos, pouca alimentação, pouca água, pouco tempo para visita e entrada de ventiladores estão entre as principais reclamações das esposas dos presos. Os detentos também reivindicam, segundo suas esposas que, quem cometeu crimes em Maceió, possa ser transferido para cumprir a pena na capital alagoana.
Eles, segundo as esposas, acusam a direção do presídio e a empresa que faz a gestão da unidade pelo tratamento desumano recebido e afirmam que, caso as reivindicações não sejam atendidas, farão uma “paralisação geral”, que inclui greve de fome, não tomar banho de sol e não sair das celas para qualquer atendimento.
As mulheres foram atendidas pelo advogado Roberto Lopes, integrante da Comissão de Direitos Humanos da OAB/AL. Segundo ele, a denúncia é grave. “A situação é preocupante porque se trata de um problema que, infelizmente, ao que parece, não foi resolvido. São denúncias de maus tratos e tortura. É algo muito grave”, afirmou, explicando que, na próxima segunda-feira (5), o assunto será discutido na reunião da Comissão.
Roberto Lopes adiantou, contudo, que o termo de declaração das esposas dos detentos colhido pela Comissão e um abaixo-assinado, que foi anexado, serão encaminhados para os órgãos competentes. “Estamos enviando o material aos órgãos competentes”, garantiu o integrante da Comissão.
Fonte: Assessoria