Falta de água provoca desabastecimento em AL
A barragem Limeira, na região serrana de Alagoas, encontra-se com sua capacidade esgotada e, por consequência disso, o sistema de abastecimento está inoperante, comprometendo o fornecimento de água às cidades de Estrela de Alagoas e Minador do Negrão.
Estas cidades estão sendo abastecidas por meio de carros-pipas da Defesa Civil e do Exército. A água é disponibilizada pela Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), em ponto de abastecimento situado em Palmeira dos Índios.
Os técnicos da Unidade de Negócio Serrana aguardam aumento do nível de reservação de água na barragem para que o sistema possa voltar a operar.
Prisão de agricultores
Sete agricultores foram presos, no último fim de semana, por estarem roubando água no Agreste de Alagoas. A operação foi coordenada pelo Ministério Público (MPE) com apoio da Polícia Militar (PM) após diversas denúncias de moradores da região.
Segundo o MP, a água era desviada de uma adutora que abastece, com água potável, 50 mil consumidores de 19 municípios. O curioso é que a mesma área sofre com a falta de água e só é abastecida por carros pipa. O roubo prejudica a distribuição que chega pode demorar até dois meses em algumas áreas.
A agricultora Adriana Soares Freitas confessou à reportagem da TV Globo que vendia a água para as comunidades que deveriam receber o líquido em suas residências. “Eu vendo assim, uns dois caminhões por semana, vendo a R$ 50 o caminhão”, disse Adriana que revelou ainda que não sabia que isso era crime.
Segundo a companhia de saneamento de Alagoas (Casal), além de diminuir a quantidade de água disponível, o furto acaba reduzindo a pressão nos canos e com isso o abastecimento de várias cidades é comprometido.
O nome dos demais agricultores presos não foi divulgado, mas um deles é presidente de associação de produtores rurais. Ele foi flagrado irrigando plantações e abastecendo um reservatório do sítio onde mora com a água desviada da adutora.
Eles já foram autuados por furto, mas pagaram fiança de um salário mínimo, cada, e já foram liberados. O promotor de Justiça, Luiz Tenório, destacou que todos serão enquadrados por formação de quadrilha.
Ascom/Casal
