Mais de 100 pessoas já foram ouvidas no Caso Bernardo, diz polícia

bernardo_300O inquérito sobre a morte de Benardo Uglione Blodrini, de 11 anos, tem depoimentos de pelo menos 100 pessoas, entre testemunhas, vizinhos, amigos, e suspeitos no caso que abalou o município de Três Passos, Noroeste do Rio Grande do Sul. A informação é do coordenador do Gabinete de Inteligência e Assuntos Estratégicos (GIAE) da Polícia Civil, delegado Emerson Wendt, que nesta segunda-feira (28) passou a apoiar a investigação na cidade.

Apesar de informações de mais de uma centena de pessoas já estarem incluídas nas páginas do inquérito, a investigação poderá ter o prazo limite de conclusão prorrogada, a partir de um pedido na Justiça. “É uma avaliação que cabe a autoridade policial. Depende da prova pericial e da prova técnica testemunhal que está sendo produzida”, explicou Wendt.

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul informou que ainda não foram protocoladas solicitações de prorrogação das prisões temporárias dos suspeitos ou do prazo do inquérito.

De acordo com o delegado, o GIAE pode ser considerada uma espécie de “elite” da inteligência policial no estado, acionada em casos mais complexos ou envolvendo o crime organizado. “Já estávamos acompanhando os fatos. Coisas nas redes sociais. No caso da boate Kiss (incêndio que deixou 242 mortos em janeiro de 2013, em Santa Maria, Região Central do estado) fizemos o mesmo”, disse o delegado.

Entenda
Conforme alegou a família, Bernardo teria sido visto pela última vez às 18h do dia 4 de abril, quando ia dormir na casa de um amigo, que ficava a duas quadras de distância da residência da família. No domingo (6), o pai do menino disse que foi até a casa do amigo, mas foi comunicado que o filho não estava lá e nem havia chegado nos dias anteriores.

No início da tarde do dia 4, a madrasta foi multada por excesso de velocidade. A infração foi registrada na ERS-472, em um trecho entre os municípios de Tenente Portela e Palmitinho. Graciele trafegava a 117 km/h e seguia em direção a Frederico Westphalen. O Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) disse que ela estava acompanhada do menino.

“O menino estava no banco de trás do carro e não parecia ameaçado ou assustado. Já a mulher estava calma, muito calma, mesmo depois de ser multada”, relatou o sargento Carlos Vanderlei da Veiga, do CRBM. A madrasta informou que ia a Frederico Westphalen comprar um televisor.

O pai registrou o desaparecimento do menino no dia 6, e a polícia começou a investigar o caso. Na segunda-feira (14), o corpo do garoto foi localizado. De acordo com a delegada Caroline Virginia Bamberg, responsável pela investigação, o menino foi morto por uma injeção letal, o que ainda precisa ser confirmado por perícia. A delegada diz que a polícia tem certeza do envolvimento do pai, da madrasta e da amiga da mulher no sumiço do menino, mas resta esclarecer como se deu a participação de cada um.

 

Fonte: G1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *