Mãe de Diego Florêncio pede justiça

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Cortesia: Odilon Rios/Repórter Alagoas

Após quase sete anos do assassinato do estudante Diego Florência, os três  acusados de cometer o crime serão julgados, no dia 13 de maio em Maceió. Irão a júri popular Antônio Garrote; Paulo José Leite Teixeira e Juliano Teixeira Balbino.

O julgamento vai acontecer em Maceió, após a mãe do jovem, a professora Leoneide Florêncio, solicitar ao Tribunal de Justiça de Alagoas o desaforamento do júri, sob alegação de que familiares dos réus, todos pertencentes a influentes famílias da cidade de Palmeira dos Índios, estariam usando de coerção com a finalidade comprometer a imparcialidade do júri popular e intimidar testemunhas.

A morte de Diego Florêncio causou muita comoção no município, principalmente pela futilidade que gerou a violência. Segundo o inquérito policial, o universitário foi assassinado a tiros de pistola 380, quando retornava a sua residência após ter saído com um amigo para lanchar. Na lanchonete, o universitário teria discutido com o acusado Paulinho do Cartório e foi atingido por 12 disparos.

Mesmo abalada e na tensão de encarar, pela primeira vez, os acusados da morte do jovem estudante, ela ainda tem esperança de ver a justiça ser feita com o julgamento. “Acho que a justiça se faz quando se condena os culpados pelos seus crimes. Nunca [pensei em] desistir, nunca perdi minha fé nem a esperança. Nunca deixei de acreditar na justiça, e continuo acreditando porque sei que ela virá com certeza.

 

Por e-mail Leoneide concedeu entrevista ao Estadão Alagoas

Leia na íntegra:

Estadão Alagoas:  Como a senhora se sente, depois de lutar longos anos com a data marcada para o julgamento dos acusados de assassinar o seu filho?

Leoneide Florêncio: Olha eu me sinto muito triste, foram longos anos,  venho lutando a cada dia e pedindo que  a justiça seja feita,neste momento.  Agora estou só a espera do julgamento para ver se ameniza um pouco a minha dor e sofrimento.

 

Estadão Alagoas: Sete anos se passaram da morte de Diego Florêncio. A senhora foi processada por um juiz por falar a respeito do caso, sendo obrigada, pela mesma Justiça, a distribuir cestas básicas a instituições de caridade. Para a senhora, esse foi um caso à parte? Em algum momento a senhora deixou de acreditar na Justiça?

Leoneide Florêncio: Nunca deixei de acreditar na justiça, e continuo acreditando, porque sei que ela virá com certeza. Quanto à esse caso do processo prefiro não falar, foi um mal entendido para me ferir mais ainda, mas Deus proverá.

 

Estadão Alagoas:  A mudança para a capital, tem algo a ver com a questão do assassinato? Em algum momento se sentiu ameaçada?

Leoneide Florêncio: Tem, só sabe a dor de uma mãe que tem um filho. Meu filho era um bom amigo,companheiro de todas as horas, meu confidente, e estava prestes a assinar seu diploma de analista  de sistema. Ser assassinado sem defesa nenhuma ,sou eu que fiquei doente até hoje ,por isso tive que sair da minha cidade que tanto amava, por ordens médicas para poder ter um pouco de paz. E  quanto à ameaças, me sinto ameaçada até este momento, só Jesus para me proteger. 

 

Estadão Alagoas: Após tanta repercussão do caso, a senhora acha que o poder econômica dos suspeitos pode influenciar no julgamento?

Leoneide Florêncio: Sim, claro que sim.

 

Estadão Alagoas:  Como a senhora irá encarar os acusados de tirar a vida do seu filho, no próximo dia 13 de maio?

Leoneide Florêncio: Eu ainda não sei, só Deus para me dar forças e coragem neste momento tão difícil.

 

Estadão Alagoas: O que lhe impulsionou lutar até o fim pela justiça? Em algum momento pensou em desistir?

Leoneide Florêncio: O amor a meu filho, a impunidade que assola o país, eu sinto meu filho pedir por justiça sempre, e  agora é a única coisa que eu espero, é a justiça .Nunca,  desistir é para os fracos, nunca perdi minha fé , nem a esperança.

 

Estadão Alagoas:  Qual o conceito que a senhora tem de justiça e o que espera dela?

 Leoneide Florêncio: Não sei, acho que a justiça se faz ,quando se condena os culpados pelos seus crimes.

 

Redação Estadão Alagoas

4 comentários sobre “Mãe de Diego Florêncio pede justiça

  1. Acredito que desta vez vai solucionar o caso, infelizmente a vida do rapaz foi ceifada, não tem mais volta, mas a Justiça vai ser feita, porque creio que a mão de Deus estará a todo momento nos corações dos Juizes, promotores, para que cheguem a decisão que todos palmeirenses esperam, nada fica impune nesta vida quando temos um grande Deus que é o julgador maior,que Deus continue fortalecendo esta família, uma mãe que sempre lutou pela justiça e que Deus tem acompanhado todos os passos, sabemos que vai haver vitória neste dia 13 de maio, uma alegria de dever cumprido, e uma tristeza eterna por não ter o jovem covardemente assassinado por cruéis monstros, quem tira uma vida, não tem sentimentos por nada.

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