“Defendo que a administração da UPA seja própria; temos profissionais capacitados para gerir”

1508313_840555515960805_2097188104_nA Câmara de Vereadores de Palmeira dos Índios realizou nesta quarta-feira 23, mais uma sessão ordinária, oportunidade onde foram colocadas em votação e aprovação, várias indicações.

O destaque desta quarta-feira ficou mais uma vez por conta dos argumentos do vereador Márcio Henrique.

Márcio Henrique questionou novamente sobre a funcionalidade da UPA gerida por uma OSCIP. O vereador citou o estado de São Paulo que tem hospital gerido por OSCIP e que segundo o relatório do Tribunal de Contas de São Paulo, a terceirização custa mais caro, assim como também a desigualdade salarial.

Márcio Henrique enfatizou também através do relatório que o sistema de gestão em São Paulo serve de exemplo para outros estados, devido as OSCIPS custarem 18% a mais que hospitais com administração pública, redução e precarização no atendimento.

São Paulo possui 34 hospitais geridos por OSCIPS…

“O vereador Márcio Henrique jamais seria contra a UPA, defendo somente que a administração seja própria porque temos profissionais competentes que tem capacidade de geri-la”, disse o vereador.

Veja pontos do argumento do vereador Márcio Henrique;

“Os hospitais públicos geridos por OSs, em São Paulo, possuem um rombo equivalente a 147,18 milhões. Segundo pesquisas publicadas por viomundo.com.br, de 2008 a 2010, foi comprovado que os hospitais terceirizados, geridos por OS, custaram aos cofres públicos de SP mais de 50% do que os hospitais administrados diretamente pelo setor público.

“O Viomundo também revelou que, de 2006 a 2009, os gastos com as OSs saltaram de R$ 910 milhões para R$ 1,96 bilhão. Uma subida de 114%. No mesmo período, o orçamento do estado cresceu 47%. Ou seja, as despesas do estado de São Paulo com a terceirização da saúde cresceram mais que o dobro do aumento do orçamento público.”

– São Paulo já possui 34 hospitais públicos geridos por OS. Até o início de 2010, 22 desses tinham apresentado o balanço referente ao patrimônio. Apenas 4 hospitais estão com saldo positivo, enquanto 18 apresentaram saldo negativo do patrimônio, ou seja, 80% desses estão “no vermelho”. Esse déficit atinge também os equipamentos presentes nessas instituições. “Dos 58 hospitais, Ambulatórios Médicos de Especialidades – AMEs e serviços de diagnóstico do estado de São Paulo geridos OSS por contrato de gestão, 41 tiveram déficit em 2010, segundo o relatório das OSS publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo, em abril de 2011. O que representa 70%.”

– Relatório do Tribunal de Contas de São Paulo atesta que a terceirização de hospitais custa mais caro.  “A gestão da saúde pública por organizações sociais (OSs), adotada pelo governo paulista e que tem servido de modelo para outros estados, pode custar mais caro que o sistema da administração direta e apresenta alguns efeitos negativos na qualidade dos serviços.

É o que demonstra um estudo produzido pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) de São Paulo, que compara os dois métodos de administração. As conclusões são relevantes. Fica claro, por exemplo, que os custos das OSs são mais altos, os doentes ficam mais tempo sozinhos nos leitos, a taxa de mortalidade geral é maior e que há uma ampliação da desigualdade salarial entre os trabalhadores.

Enquanto os chefes ganham acima da média, os escalões inferiores recebem menos que seus pares dos hospitais geridos pelo estado. Para ter uma ideia, do ponto de vista do resultado econômico, os hospitais analisados custam 60 milhões de reais a mais nas OSs do que nas gestões diretas – uma variação de 38,52 % de menor eficácia.

Outro exemplo significativo: o custo do leito por ano nas OSs foi 17,60% maior que nos hospitais da administração pública. Dos 21 hospitais de OSs paulistas, nove tiveram déficits de até 43%. Alguns deles, inclusive, podem chegar à falência, como os de Pedreira, Grajaú e ltapevi, de acordo com esse estudo. Também foram identificadas reduções nas quantidades de atendimentos públicos.”

Estiveram presentes Júlio Cesar, Sérgio Passarinho, Joelma Toledo, Marta Gaia, Márcio Henrique (que na falta do segundo secretário, assumiu o posto), Roberto Cândido, Ronaldo Raimundo, Salomão Torres e Denisval Basílio esses três últimos se ausentaram antes da sessão terminar.

“Depois dizem que estão trabalhando em benefício do povo”- disse um dos munícipes  que pediu pra não ser identificado.

 

4 comentários sobre ““Defendo que a administração da UPA seja própria; temos profissionais capacitados para gerir”

  1. ACHO QUE DEVERIA EXISTIR UMA PUNIÇAO PARA ESSES VERIADORES Q SE AUSENTAM ANTES DE TERMINAR A SESSÃO ELES SÃO FUNCIONARIOS DO POVO PAGOS COM DINHEIRO PÚBLICO

  2. Dr MARCIO REALMENTE É UM EXEMPLO DE VERIADOR É UM PENA SO TER ELE VERIADOR DE OPOSIÇÃO OS OUTROS NÃO ESTÃO NEM AÍ PARA SEUS ELEITORES

  3. Realmente um ótimo profissional , de tirar o chapéu muito competente e muito amável e como político não deixa a desejar.

  4. Otimo questionamento dr Marcio ,parabéns Julio e aos q ficaram ate o final agora acho engracado tb esses vereadores saem antes da sessao acabarem como assim nao existem punicao?

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