Ex-esposa de Dominique Strauss-Kahn diz que desconhecia infidelidade
A ex-esposa de Dominique Strauss-Kahn, Anne Sinclair, afirmou nesta terça-feira (22/4) que desconhece as infidelidades de seu marido, em uma entrevista para a televisão em que falou pela primeira vez sobre o escândalo sexual do ex-diretor do FMI.
A milionária, de 65 anos, é atualmente diretora da versão francesa do Huffington Post. Realizada pelo canal France 2, a entrevista vai fazer parte de um documentário chamado “Anne Sinclair: o preço da liberdade”.
Há quase três anos, o ex-chefe do Fundo Monetário Internacional ganhou as primeiras páginas de jornais no mundo inteiro quando foi detido em Nova York, acusado de tentar estuprar uma camareira guineana no hotel onde se hospedava.
O escândalo, concluído com o pagamento de uma indenização, acabou com a carreira de DSK no FMI e com suas pretensões para a eleição presidencial francesa de 2012, quando era favorito nas prévias internas do Partido Socialista.
Na conversa, Sinclair garante que não sabia nada sobre as aventuras sexuais de seu marido. “Acredite em mim ou não, mas não sabia”, assegurou. “Quando casei com Dominique, sabia que era um sedutor, isso eu sabia”, admite, acrescentando que ouvia “rumores”.
“Mas rumores são feitos para destruir, para matar, para arruinar, por isso os ignorei”, explica a jornalista, que foi casada com DSK entre 1991 e 2013.
“Depois, surgiram dúvidas. Eu perguntava para ele se essas coisas eram verdade. Ele sabia negá-las e me tranquilizar.”, explicou.
Antes do escândalo, Strauss-Kahn teve uma relação com uma economista húngara do FMI, Piroska Nagy, que o acusou de se aproveitar de sua posição de comando. O caso valeu a ele uma advertência da instituição.
Sobre a suposta tentativa de estupro da camareira, Sinclair garante que “nunca acreditou” nessa história. DSK renunciou ao seu cargo no FMI em 18 de maio de 2011, quatro dias depois de sua prisão.
Na época, Sinclair defendeu o marido e se manteve ao seu lado até o final do caso. O casal se divorciou oficialmente no ano passado.
O ex-dirigente ainda responde por suposta participação em festas com prostitutas organizadas na França, reveladas depois do escândalo.
AFP