Ostra depurada movimenta o setor gastronômico durante a semana
O cultivo de ostras tem crescido e movimentado a produção e os vínculos com o setor gastronômico do Estado. Prova do sucesso está na viabilização do fornecimento de ostra depurada para respeitados restaurantes da capital alagoana, a exemplo do Akuaba, Picuí e o Hotel Kenoa.
A informação é da Secretaria de Estado da Pesca e Aquicultura (Sepaq), que tem potencializado a produção nessa atividade.
Para o sucesso do programa, a parceria com a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID) e o Instituto Ambiental Brasil sustentável (IABS) tem sido fundamental.
No período da Semana Santa, a demanda aumentou e técnicos da Sepaq estão atentos para que todas as vendas sejam realizadas utilizando as ostras depuradas.
“Nesta semana, precisamos ficar atentos, pois está tendo procura e os produtores, na ânsia de vender, podem não esperar a depuração, mas é esse processo que garante a segurança alimentar do molusco,” explicou Ricardo Nono, superintendente da Sepaq.
Lourdes da Silva, produtora da Barra de São Miguel, diz que com a depuradora de moluscos, que é a única do Nordeste, o diferencial no quesito segurança alimentar agregou valor ao produto. “O nosso sonho de vender para importantes restaurantes da capital vem se realizando e agora na Páscoa isso só aumenta. Até mesmo o carrinho de ostras depuradas, que passa nas praias da Barra de São Miguel, vem melhorando nossa renda”, afirma.
O chef Wanderson Medeiros, dono do restaurante Picuí, se considera um incentivador dos produtos locais e afirma que vai divulgar a ostra depurada em seu programa de Tv. “Posso dizer que mais do que um comprador, eu Wanderson, sou e serei um grande incentivador do consumo da ostra depurada, não só no meu restaurante, mas em todo lugar, inclusive no meu programa de TV. E como eu digo, é 100% confiável”, garante o chef.
Ampliação e revitalização dos cultivos
No mês de março, o governador Teotonio Vilela Filho e o então secretário Regis Cavalcante entregaram cinco barcos com motores de popa, 110 kits com materiais do manejo da ostra, para ampliar e revitalizar os cultivos da Barra de São Miguel e Santo Antônio, Porto de Pedras, Passo de Camaragibe e Roteiro.
O valor das aquisições foi de R$ 115 mil. Cerca de R$ 36 mil também foram investidos na compra de equipamentos de análise de água e kits de materiais de trabalho para o manejo do cultivo do molusco. Cada kit consta de dois pares de luvas, um facão, um par de botas, duas escovas de náilon, dois óculos de proteção e uma caixa de PVC.
Para dar continuidade aos cultivos já existentes, os equipamentos deteriorados pela ação do tempo e clima serão substituídos por novos. Além de ações para o aproveitamento dos resíduos na produção, participação dos produtores em eventos técnicos e comerciais, monitoramento dos projetos e orientação de acesso ao crédito.