Israel e palestinos fazem nova reunião para retomar diálogo de paz
Negociadores israelenses e palestinos se reuniram neste domingo, em Jerusalém, para tentar retomar o diálogo de paz, sem a participação do mediador americano, Martin Indyk, anunciou uma autoridade palestina.
O chefe dos negociadores palestinos, Saeb Erakat, reuniu-se com a ministra da Justiça de Israel, Tzipi Livni, e o enviado do premier Benjamin Netanyahu, Yitzhak Molcho, informou a fonte. Os israelenses não deram declarações sobre o encontro.
Segundo uma fonte palestina ligada às negociações, está prevista uma nova reunião entre os negociadores para esta semana, da qual participará o enviado americano.
As duas partes multiplicam as iniciativas hostis desde que, em 29 de março, Israel se negou a libertar, ao contrário do previsto, um quarto e último grupo de prisioneiros, e pediu que as negociações de paz fossem prorrogadas para depois de 29 de abril, prazo final acertado inicialmente.
O último encontro entre representes dos dois lados havia sido no último dia 10, na presença de Indyk, sem resultado. A situação piorou com o anúncio de que Israel congelaria a transferência dos impostos arrecadados para a Autoridade Palestina.
Uma autoridade israelense, que pediu para não ser identificada, afirmou que a sanção era uma represália à petição de adesão da Palestina a 15 tratados e convenções internacionais, realizada em reação à não liberação dos prisioneiros.
Israel também suspendeu sua participação no desenvolvimento de um campo de gás ao longo da Faixa de Gaza adjacente a um campo israelense, e irá estabelecer um limite aos depósitos bancários de palestinos em seus estabelecimentos financeiros.
Nabil Shaath, líder do movimento nacionalista Fatah, do presidente palestino, Mahmud Abbas, assinalou que os palestinos “têm outras opções”, e que isto não os impediria de dar continuidade a seus planos.
“As sanções israelenses não impedirão que os palestinos continuem dando passos para aderir aos tratados e organizações internacionais”, assinalou, citado pela agência palestina Wafa.
France Press