Dilma defende mobilização por reforma política, diz secretaria
A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta quinta-feira (10), em encontro com representantes de 32 entidades de juventude, uma moblização pela reforma política semelhante à da campanha das Diretas Já, informou a Secretaria de Imprensa da Presidência (SIP).
“Sem a mobilização de vocês, não haverá reforma política”, afirmou Dilma aos jovens, segundo a SIP.
A secretária nacional da Juventude, Severine Macedo, que particiipou do encontro, disse que a presidente “fortaleceu” sua posição sobre a reforma política.
“A presidenta defende, é simpática, à ideia de construir um processo exclusivo, um plebiscito, uma consulta à sociedade sobre a questão da construção da reforma política. Nosso entendimento é de que o parlamento precisa discutir e ampliar o debate, mas que a sociedade precisa opinar sobre qual reforma política ela quer e foi isso que a presidenta fortaleceu na reunião”, disse Severine.
Representantes dos movimentos jovens que compareceram à reunião também comentaram a defesa de Dilma da reforma política.
Segundo a jornalista Nana Queiroz, do Movimento “Eu não mereço ser estuprada”, a presidente teria dito que a reforma política não é apenas uma “questão de caneta”. Segundo ela relatou, Dilma disse que a reforma política depende das ruas.
Cledson Pereira, representante do Movimento Passe Livre do Distrito Federal, também relatou que a presidente se referiu à reforma política como um movimento que precisa se originar da sociedade.
“Acho que isso é uma maneira de o governo não assumir completamente essa demanda, de certa forma, de jogar para a sociedade uma guerra que seria o governo que deveria travar”, avaliou.
Entre os presentes também estava MC Chaveirinho, representante dos organizadores dos “rolezinhos”. Ele pediu à presidente a construção de espaços culturais nas comunidades.
A jornalista Nana Queiroz também afirmou que a presidente se comprometeu em analisar um projeto, para combater o estupro intra-familiar. “No DF, são mais de 80% dos casos, são casos que são mais tabu, porque ninguém dialoga sobre isso”, justificou.
A proposta é capacitar médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) para orientar as mães, desde o pré-natal, a identificarem sinais de abusos. A proposta também prevê a capacitação de um professor por escola, para servir de multiplicador, que fosse capaz de identificar sinais de abuso.
Fonte: G1