Acusado de estupro é inocentado e continua preso
O comerciante Genilson Alves da Silva, de 40 anos, foi inocentado da participação no estupro seguido de morte da menina Tamires Érica Caroline da Silva, de apenas sete anos. A participação dele no crime foi descartada pela polícia, que já solicitou sua soltura à Justiça.
Mesmo tendo identificado a inocência pela Polícia Civil, os órgãos não podem liberar o preso antes de receber uma ordem judicial nesse sentido.
“Imagine que ele já tinha a prisão, mesmo que temporária, decretada pela Justiça e que o delegado resolva soltar, e o magistrado questione ou não entenda pela liberação. Quem seria responsabilizado por isso seria o delegado, então ele tem que se resguardar com a medida que autorize a liberação do preso”, disse a assessoria.
Ontem, Genilson disse que sentiu como se tivesse sido enterrado vivo e que teme voltar para o lugar onde morou e de onde tirava o seu sustento diário. “Não quero para ninguém o que eu passei. Foi um inferno. As pessoas querendo me matar, me chamando de psicopata. Hoje eu não sei o que fazer, não sei nem para onde ir, porque se eu voltar pra lá vão querer me matar. Me senti enterrado vivo. Todos acham que sou um bandido. Minha vida foi destruída”, lamentou ele, após ser inocentado pela polícia.
De acordo com o depoimento dado à polícia, Genilson foi acusado de participação no crime porque tentou evitar que a população invadisse a casa de Erinaldo Farias, indiciado pela polícia como autor do crime.
O delegado Ewerton Gonçalves falou sobre a participação de Erinaldo Farias, que também está preso. Gonçalves informou que Erinaldo tem problemas mentais e que faz uso de medicamentos controlados.
Apuração
O delegado Cícero Lima, coordenador da Delegacia de Homicídios (DH), informou na manhã de ontem (08), que a sequência das investigações sobre o caso de Tamires Erica Caroline da Silva, de sete anos, estuprada e morta no bairro do Benedito Bentes, em Maceió, serão conduzidas pelo delegado Everton Gonçalves.
O flagrante foi lavrado pelo delegado Aydes Ponciano, logo após o acusado ser conduzido para a especializada.
Redação com informações TNH