Avião desaparecido voou ao redor do espaço aéreo da Indonésia

Mapa malásia MH370 atualizada 28/03 (Foto: Arte G1)

O voo MH370 da Malaysia Airlines, que desapareceu no dia 8 de março, sobrevoou ao norte e ao redor do espaço aéreo da Indonésia em sua jornada para o Oceano Índico, segundo informação divulgada pela rede de TV norte-americana CNN e atribuída a uma fonte do governo da Malásia.

No entanto, segundo a fonte da CNN, o avião não voou sobre o espaço aéreo da Indonésia. A conclusão teria sido feita por investigadores depois de uma revisão de dados de radares dos países vizinhos.

De acordo com a fonte, o avião pode ter sido conduzido propositalmente por uma rota concebida para evitar a detecção de radares. A TV não menciona que horas o avião poderia ter voado ao redor da Indonésia.

O que se sabe até agora é que à 1h27 do dia 8 de março, a Tailândia detectou o que seria o avião, tomando rotas diversas. As informações iniciais são que a aeronave voou para o Sul, antes de seguir para o norte, em direção ao mar de Andamão.

 

Entre 5h e 6h, um radar militar malaio captou a presença do avião no Estreito de Malaca, a oeste da Malásia, quilômetros de distância da rota original.

 

Às 8h11, um satélite captou sinal do avião no Oceano Índico, sugerindo que ele poderia ter tomado uma rota sentido norte, ou para o sul.

 

Sinais
Neste domingo (6), autoridades responsáveis pelas buscas do avião desaparecido afirmaram em coletiva de imprensa na cidade de Perth, na Austrália, que um navio chinês que participa das buscas detectou dois sinais eletrônicos no Oceano Índico que podem ser da caixa-preta do Boeing 777-200.

O navio australiano Ocean Shield também teria detectado um “evento acústico” separado.

“Este é um acontecimento importante”, disse Angus Houston, diretor do Centro de Coordenação de Agências Conjuntas, que coordena as buscas pelo avião desaparecido.

Mais cedo, o navio chinês havia detectado um primeiro sinal, de frequência de 37,5kHz por segundo, o mesmo que é geralmente emitido por caixas-pretas, segundo a agência de notícias chinesa “Xinhua”. Houston confirmou o primeiro sinal e disse que tinha “características consistentes com” uma caixa-preta de avião.

O segundo sinal foi captado pelo navio chinês a cerca de 2 km de onde havia registrado a primeira emissão, a uma latitude de 25 graus sul e uma longitude de 101 graus leste.

O diretor afirmou que os sinais dão esperanças às buscas, mas que ainda não é certo que eles tenham vindo da caixa-preta do avião desaparecido. Segundo ele, o primeiro sinal durou poucos instantes, fazendo com que o navio Haixun 01 permanecesse na zona, e o segundo durou cerca de 90 segundos.

 

“Temos que investigar (…) é algo que leva tempo. Estamos em uma zona de grande profundidade marinha”, disse o australiano.

Segundo ele, o navio britânico HMS Echo e aviões australianos estão em direção a área para mais investigações.

 

Desde sexta-feira (4), as equipes de buscas usam equipamento de alta tecnologia para tentar achar a caixa-preta do avião. Houston indicou que o navio australiano Ocean Shield é o mais especializado de todos que estão na zona de buscas para detectar sinais eletrônicos.

 

Detector de caixa-preta é rebocado pelo navio australiano Ocean Shield nas buscas pelo avião desaparecido da Malaysia Airlines (Foto: AP Photo/Rob Griffith)

A embarcação australiana leva um dispositivo que é rebocado em baixa velocidade pelo navio, fornecido pela Marinha americana.

O voo MH370 está sumido desde o dia 8 de março. Ele fazia a rota de Kuala Lumpur, na Malásia, a Pequim, na China, com 239 pessoas a bordo e desapareceu dos radares civis da Malásia cerca de 40 minutos após decolar.

A prioridade das operações se dirigem agora ao sul da zona de buscas no Oceano Índico, após revisão de informações recebidas por satélites, anunciou Houston, segundo a agência Efe.

Nesta semana, a polícia da Malásia afirmou que não considera os 227 passageiros do avião como responsáveis por atos de sequestro ou sabotagem que poderiam ter levado o Boeing à queda no Oceano Índico.

G1.com

 

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