Bachelet decreta zona de catástrofe no norte do Chile
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, decretou no início da madrugada desta quarta-feira zona de catástrofe nas regiões de Arica, Parinacota e Tarapacá, no norte do país, depois do terremoto de 8,2 graus de magnitude que atingiu o país na noite de terça e gerou alerta de tsunamis.
A medida autoriza a ida de tropas das Forças Armadas para a área, para auxiliar as autoridades locais com as medidas necessárias.
A mandatária destacou o processo de evacuação conduzido logo após o tremor.
“O alerta de tsunami foi dado com prontidão e temos visto uma evacuação ordenada”, disse Bachelet, acrescentando que o subsecretário do Interior, Mahmud Aleuy, viajará imediatamente para Iquique para coordenar a “ajuda à população, manutenção da ordem pública e as medidas necessárias para a volta da normalidade”.
O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), entidade que monita a atividade sísmica no mundo, havia registrado até as 4h desta quarta-feira (de Brasília) 28 réplicas do terremoto, entre magnitudes de 4,5 graus e 6,2 graus, com os epicentros em baixas profundidades e próximos entre si.
A presidente lamentou as cinco mortes confirmadas até o momento provocadas pelo terremoto. Segundo o ministro do Interior, Rodrigo Peñailillo, quatro homens e uma mulher morreram nas localidades de Iquique e Alto Hospicio.
Bachelet agradeceu o apoio de líderes da região. “Quero aproveitar o momento para agradecer o contato da presidente argentina, Cristina Fernández, do Perú, Ollanta Humala, e também do embaixador do Brasil, que se comunicou com o Ministério de Relações Exteriores com o mesmo propósito”, disse.
O residente do La Moneda disse que o país reagiu bem ao terremoto, e pediu para que se mantenha a calma. “O governo seguirá trabalhando o tempo que for necessário para atender a emergência e proteger os cidadãos”, disse a presidente chilena, acrescentando que viajará na manhã desta quarta para as áreas afetadas pelo terremoto com um grupo de ministros.
Alerta de tsunamis
Um alerta de tsunami para toda a costa chilena foi lançado pouco depois do terremoto. Ao longo da madrugada, no entanto, o ministro do interior, Rodrigo Peñailillo, foi cancelando o alerta para algumas regiões: primeiro no litoral sul, e mais adiante no centro do país.
Por sua vez, o diretor do Escritório Nacional de Emergências (Onemi), Ricardo Toro, informou que 11 hospitais situados em áreas do norte onde existe a possibilidade de inundações pelo tsunami foram evacuados, mas os mesmos voltarão a operar quando o alerta for suspenso.
Empresas de transporte de passageiros interromperam seus serviços nos trajetos do litoral chileno e as aulas desta quarta-feira estão suspensas nas escolas da região de Arica e Parinacota, a mais atingida pelo tremor.
Além disso, as centrais elétricas de Tarapacá, Mejillones e Antofagast não estão em operação, e pelo menos metade das residências da cidade de Arica, na fronteira com o Peru, estão sem energia.
Terra