Professores da rede estadual mantêm greve até reajuste
Em assembleia geral realizada na manhã desta segunda-feira (31), na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado de Alagoas (Sinteal), os professores da rede pública estadual decidiram manter a greve dos funcionários.
Eles reivindicam que a lei que determina o reajuste de 8,32% para a categoria, em forma de “mensagem governamental”, seja enviada e aprovada até a próxima quinta-feira (03/04) pela Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), voltando, até no máximo a próxima sexta-feira (04/04), ao Executivo estadual para a sanção final do governador.
A aplicação desse reajuste terá a seguinte “dinâmica”: 6% no mês de maio e mais 2,32% em novembro (sem retroativo).
O anúncio do percentual de 8,32% foi repassado à categoria no decorrer da assembleia geral, após ligação feita pelo próprio secretário de Estado da Gestão Pública, Alexandre Lages.
O Sinteal vai manter a categoria mobilizada toda esta semana para participar de uma “Vigília de Luta e Acompanhamento” na sessão plenária da ALE, que votará a mensagem governamental do reajuste salarial da categoria. A data provável da votação é próxima quarta-feira, 02/04. .
Piso nacional
Apesar das difíceis negociações com o governo estadual – encaminhadas pela CUT/AL e sindicatos filiados com a mobilização da categoria -, fica patente o ganho com a conquista do reajuste do piso nacional para todos os profissionais da educação no estado (inclusive os funcionários da ativa e aposentados).
“Essa luta tem caráter histórico e foi uma bandeira defendida pelo Sinteal, já que este sindicato representa todos os trabalhadores e trabalhadoras em educação”, disse a presidente do sindicato dos Trabalhadores da Educação, Consuelo Correia.
Carreira
Consuelo disse, ainda, que o Sinteal cobrou do Executivo estadual “o reconhecimento por tempo de serviço, visto que existem servidores com vinte e sete anos de trabalho que ainda permanecem, absurdamente, na letra bê, sendo que, neste caso, já recebemos promessa do secretário de Estado da Gestão Pública de que, até o próximo dia catorze de abril irá se reunir em audiência com o Sinteal para avançar nesta pauta”.
Recursos
O vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), professor Milton Canuto de Almeida, participou da assembleia com esclarecimentos sobre questões ligadas à previdência estadual e a grave perda de alunos da rede estadual para as redes municipais.
Segundo Canuto, existem, sim, recursos que possibilitam a implantação do reajuste, que é perfeitamente “suportável dentro dos recursos oriundos do Fundeb”. Ele denunciou também a grave carência de professores da ativa no quadro do magistério e denunciou como “gravíssima” a perda de alunos – portanto, a perdas de recursos – da rede pública estadual para as redes municipais.
Ascom/Sinteal