Em Maceió, imunização contra o HPV ainda não chegou a 50%
Até o próximo dia 10, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Município, prossegue a vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV) em meninas de 10 a 13 anos. A campanha, que começou no dia 10 de março, está sendo feita nas escolas públicas e privadas da capital.
Segundo dados do PNI do município, já foram aplicadas 12. 539 doses da vacina, ou seja, 47,84% das meninas já foram imunizadas. Em Alagoas, o índice geral de imunização é de 53%, tendo sido aplicadas 45. 925 doses.
“Essa é uma campanha de implantação da vacina, os números apresentados vão aumentar muito no decorrer do prazo da campanha”, afirma Júlia Oliveira, coordenadora do PNI de Maceió. A coordenadora explica ainda que a vacina previne contra infecções virais e consequentemente contra o câncer de colo de útero.
Com o fim da campanha, a primeira dose da vacina estará disponível apenas nas unidades de saúde. A vacina tem uma atuação preventiva, não tendo, portanto, efeito em infecções pré-existentes.
O câncer de colo de útero apresenta forte potencial de prevenção e cura quando diagnosticado precocemente, por meio de consultas e realização de exames periódicos, como o Papanicolau.
A vacina é quadrivalente, pois previne contra quatro tipos de HPV: o 16 e 18 (presentes em 70% dos casos de câncer de colo de útero) e o 6 e 11 (presentes em 90% dos casos de verrugas genitais).
A doença
O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com a pele ou mucosas infectadas por meio de relações sexuais. Trata-se de um vírus que se transmite com muita facilidade, por isso considera-se que o HPV seja a infecção sexualmente transmitida mais comum no mundo, com quase todas as pessoas sexualmente ativas tendo contato com o vírus em algum momento da vida.
Na grande maioria, o HPV cura-se espontaneamente, mas em algumas mulheres eles produzem lesões que podem desencadear o câncer de colo do útero. O HPV também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estima-se que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido ao câncer de colo do útero. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos e cerca de 4,8 mil óbitos nesse ano.
Fonte: Secom Maceió