Deputado Alagoano: ‘Crianças serão educadas para serem bissexuais’
O deputado federal Givaldo Carimbão (PROS) fez um pronunciamento polêmico envolvendo o Plano Nacional de Educação (PNE PNE – PL 8035/10) que tramita na Câmara dos Deputados.
Carimbão chamou de ‘aberração’ a ideia de as crianças não serem tratadas nas escolas pelo sexo que possuem. O texto é do relator Angelo Vanhoni, do PT do Paraná.
Em seu pronunciamento, Carimbão se intitula “defensor convicto da família e dos princípios cristãos tradicionais da sociedade brasileira.” O deputado recorre a argumentos biológicos, políticos e sociais para defender seu ponto de vista.
“Esta é pura e simplesmente uma construção social, que pode assumir tantas variáveis quanto julgarem conveniente aqueles que querem implantar essa ideologia. O fim último dela é a completa subversão da sexualidade humana e da família natural.”
Carimbão equipara o texto defendido pelo relator Angelo Vanhoni à teoria de gênero dos ‘pais do comunismo’ Marx e Engels, na qual ele acusa de ser usada para “promover uma revolução cultural sexual marxista, principalmente entre as crianças em idade escolar,” e continua “…Nesta sociedade socialista ideal, sem a opressão do sexo masculino e feminino, as crianças serão educadas para serem bissexuais, a masculinidade e a feminilidade não serão mais naturais, e os próprios conceitos de heterossexualidade e homossexualidade deixarão de fazer sentido”.
O PNE prevê metas para os próximos dez anos no Brasil. Entre as metas acordadas entre deputados e senadores para os próximos anos estão:
-universalização do ensino dos quatro aos 17 anos de idade;
-educação em tempo integral em metade das escolas do ensino básico;
-erradicação do analfabetismo absoluto;
-expansão do ensino profissional técnico de nível médio;
-formação em nível de mestrado ou doutorado de pelo menos 75% dos professores de universidades; e
-titulação de 60 mil mestres e 25 mil doutores a cada ano.
Uma das principais diferenças entre os textos da Câmara e do Senado, no entanto, diz respeito ao destino das verbas públicas aplicadas no setor. Após muitas manifestações, a Câmara aumentou de 7% para 10% do PIB o dinheiro que deve ser investido em ensino em até dez anos após a publicação do novo PNE.
De acordo com a versão aprovada pela Câmara, porém, toda a verba deve ser investida em educação pública. A proposta do Senado é que esse valor sirva também para convênios e parcerias com instituições privadas, como o Sistema S, as instituições filantrópicas e as universidades privadas que recebem bolsas de estudo do setor público, como é o caso do Programa Universidade para Todos (Prouni).
Paralelo ao PNE, a Câmara dos Deputados publicou em seu site uma enquete para saber a opinião dos brasileiros sobre o conceito de família que deve integrar o Estatuto da Família. A polêmica é que o PL 6583/13, do deputado Anderson Ferreira (PR-PE) o conceito de família é definido a partir da união entre homem e mulher.
A enquete, proposta no último dia 11 de fevereiro, bateu recorde de votação que já ultrapassa 620 mil votos. Com um ‘placar’ apertado 52,48% dos brasileiros são favoráveis à definição de família entre homem e mulher. Outros 47,14 se dizem contrário. 0,8% dos votantes não tem opinião formada sobre o assunto.
Alagoas24horas