Socialistas vencem em Paris, mas saem enfraquecidos de eleições

Sem títuloAs pesquisas de boca de urna do segundo turno das eleições municipais francesas, que foram realizadas neste domingo (30), indicam um duro golpe para o governante Partido Socialista (PS) e uma clara vitória para os conservadores da União por um Movimento Popular (UMP).

Além disso, o número de abstenções foi grande. “Os resultados são ruins para a esquerda”, declarou ao canal ‘TF1’ a porta-voz do governo, Najat Vallaud Belkacem, após o fechamento das urnas.

Em Paris, no entanto, Anne Hidalgo conseguiu uma vitória fácil, de acordo com as pesquisas, e derrotou a conservadora Nathalie Kosciusko-Morizet. Com o 54,5 % dos votos, a franco-espanhola se transformará na primeira prefeita da história de Paris, segundo enquete do instituto Ifop/SAS divulgado pelo canal ‘i-Télé’.

Esta é a primeira eleição no país desde que o socialista François Hollande foi eleito presidente em 2012.

Segundo uma estimativa do instituto BVA divulgada pelo jornal ‘Le Parisien’ após o fechamento das zonas eleitorais, em todo o país a centro-direita obteve 49% dos votos, a esquerda 42% e a extrema direita 9% nas localidades de mais de 3.500 habitantes,

Este resultado significa 100 novas cidades para a direita, embora a esquerda resista melhor do que esperado nos municípios de mais de 100 mil habitantes, onde teria 46% dos votos, contra 49% da centro-direita.

Os convervadores teriam vencido em cidades como Angers, Quimper, Saint-Etienne, Pau e Reims.

As pesquisas indicam ainda a reeleição do candidato da UMP, Jean-Claude Gaudin, em Marselha, a segunda maior cidade do país em número de habitantes.

Já a ultradireitista Frente Nacional (FN), que até agora não controlava nenhum município, conseguiu, segundo a presidente da legenda, Marine le Pen, pelo menos seis prefeituras, entre elas de Béziers e Fréjus, que se somam as que foram conquistas em redutos do partido no primeiro turno.

As pesquisas confirmam a alta abstenção observada durante a votação, que teria atingido cerca de 38%.

A derrota eleitoral do partido governante poderia levar Hollande a anunciar uma mudança de gabinete amanhã, segundo afirmou à emissora RTL o vice-ministro de Economia Social e Solidária, Benoît Hamon.

A porta-voz do governo não confirmou a informação, embora tenha citado a “dimensão nacional” da derrota socialista.

“Entendemos a mensagem os eleitores enviaram”, acrescentou Vallaud Belkacem, enquanto o presidente da UMP, Jean-François Copé, declarou que sua legenda é o “primeiro partido da França” e pediu mudanças em questões fiscais, judiciais e econômicas.

 

 

Fonte: EFE

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