Possíveis destroços de avião desaparecido podem ter afundado

O vice-primeiro-ministro da Austrália, Warren Truss, disse nesta sexta-feira que os objetos vistos em imagens de satélite que levaram a uma caçada internacional em uma área remota no sul do Oceano Índico, em busca do avião desaparecido da Malaysia Airlines, podem ter afundado. As imagens via satélite mostrando os objetos foram feitas no dia 16 de março. “Algo que estava no mar há tanto tempo pode não estar mais flutuando”, disse ele a repórteres em Perth. “Podem ter ido para o fundo”, completou.

Truss disse que as buscas continuam em uma área a 2.300 quilômetros a sudoeste de Perth, e que as aeronaves da Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos receberão o apoio de aviões chineses e japoneses durante o fim de semana. As buscas haviam sido interrompidas na tarde de quinta-feira em razão das más condições climáticas. De acordo com o jornal The Guardian, o capitão de uma das aeronaves, que fazia uma varredura na área, relatou que as ondas e os fortes ventos estavam dificultando a operação.

Quatro aviões militares, incluindo três modelos Orions pertencentes à Força Aérea Australiana, participam na busca, informou em comunicado a Autoridade de Segurança Marítima australiana (Amsa, na sigla em inglês). Um avião civil Bombardier também está envolvido nos trabalhos. As aeronaves vasculham uma área de cerca de 23.000 quilômetros quadrados – pouco menor que o estado do Sergipe.

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Cada aeronave, no entanto, é capaz de procurar por apenas duas horas antes de retornar, devido à distância da área de buscas da terra. A primeira aeronave que retornou nesta sexta, não localizou nenhum destroço. John Young, gerente da Amsa, disse que “a área de pesquisa é muito grande quando você está olhando para fora da janela e tentando ver alguma coisa a olho nu”. Um navio mercante norueguês está na área desde quinta. Outro navio mercante está a caminho, assim como um navio da marinha australiana, com capacidade para a recuperação dos possíveis destroços.

A busca faz parte do esforço internacional para solucionar o mistério do avião que está desaparecido desde 8 de março. O voo MH 370, de Kuala Lumpur à Pequim, tinha 239 pessoas a bordo, sendo doze tripulantes e 227 passageiros.

(Com agência Reuters)

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