PMs são condenados a 96 anos de prisão por massacre no Carandiru
Os dez policiais militares do Grupo de Ação Tática Especial (Gate) acusados de matar detentos no quarto andar do Pavilhão 9 do Complexo do Carandiru em outubro de 1992 foram condenados pelos jurados por oito homicídios. Nove réus foram sentenciados a 96 anos de reclusão por oito mortes e o réu Silvio Nascimento Sabino a 104 anos de reclusão por oito mortes porque ele já tinha outra condenação anterior. Cabe recurso à decisão.
Os jurados ficaram reunidos na sala secreta por mais de três horas até o juiz Rodrigo Tellini ler a sentença. Os jurados absolveram os acusados por duas mortes e pelos crimes de tentativa de homicídio contra três presos. Tellini determinou também a perda de cargo público dos acusados.
Julgamento. O Massacre do Carandiru aconteceu no dia 2 de outubro de 1992, quando 111 detentos foram mortos e 87 ficaram feridos durante invasão policial para reprimir uma rebelião no Pavilhão 9, na zona norte de São Paulo.
Por envolver grande número de réus e de vítimas, o júri foi desmembrado em quatro etapas, de acordo com o que aconteceu em cada um dos pavimentos do pavilhão.
Na primeira etapa do julgamento, em abril do ano passado, 23 policiais foram condenados a 156 anos de prisão pela morte de 13 detentos. Em agosto, na segunda etapa, 25 PMs foram condenados a 624 anos de reclusão pela morte de 52 presos.
MSN