Aos 41 anos, Rivaldo anuncia aposentadoria do futebol
Neste sábado, um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro finalmente pendurou as chuteiras. Por meio de seu Instagram, o meia-atacante Rivaldo, campeão da Copa do Mundo de 2002 pela seleção brasileira, anunciou que sua carreira de jogador chegou ao fim. Aos 41 anos, ele estava atuando pelo Mogi Mirim, clube do qual também é presidente.
“Com lágrimas nos olhos hoje gostaria de primeiramente agradecer a Deus, minha família e a todos pelo apoio, pelo carinho que recebi durante esses 24 anos como jogador. Hoje venho comunicar a todos os torcedores do mundo que minha história como jogador chegou ao fim”, escreveu ele.
Rivaldo foi revelado pelo Santa Cruz no começo dos anos 90 e apareceu de vez para o futebol quando fez parte do chamado ‘Carrossel Caipira’ do Mogi Mirim em 1992, quando, ao lado de Leto, Válber e outros, encantou no Paulista sob comando do técnico Vadão.
A partir do desempenho naquele Estadual, sua carreira decolou. Entre 1993 e 1996, defendeu os rivais Corinthians e Palmeiras antes de começar sua carreira na Europa. Depois de uma passagem no La Coruña, chegou ao Barcelona, time em que mais se destacou no exterior.
Foram 273 jogos e 130 gols pelo time catalão, pelo qual conquistou a Supercopa da Uefa de 1997, a liga espanhola em 1997 e 1998 e a Copa do Rei de 1998. Foi pelo clube que o meia foi eleito ainda o melhor jogador do mundo pela Fifa, em 1999.
Sua passagem na Europa terminou pelo Milan, em 2004, onde não conseguiu boa sequência. Depois de seis meses no Cruzeiro, ainda retornaria ao futebol do exterior, onde atuou quatro anos no futebol grego, por Olympiakos e AEK Atenas.
Na sequência, ainda defenderia Bunyodkor (Uzbequistão), São Paulo, Kabuscorp (Angola), São Caetano e Mogi Mirim, clube que, inclusive, seu filho atua hoje.
Na seleção brasileira, sua carreira teve começo em 1993, quando foi chamado pela primeira vez para defender a seleção principal, em jogo contra o México. Ele ainda fez parte da seleção que foi bronze nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, e esteve nas conquistas da Copa das Confederações de 1997 e da Copa América de 1999. Em Copas, participou sob comando de Zagallo no vice-campeonato de 1998 e foi titular absoluto com Felipão, em 2002. No total, foram 74 jogos e 34 gols pela equipe.
Veja, na íntegra, o comunicado de despedida de Rivaldo:
Com lágrimas nos olhos hoje gostaria de primeiramente agradecer a Deus, minha família e a todos pelo apoio, pelo carinho que recebi durante esses 24 anos como jogador. Hoje venho comunicar a todos os torcedores do mundo que minha história como jogador chegou ao fim. Somente tenho que agradecer pela linda carreira que construí durante esses anos.
Foram muitos os obstáculos, os desafios, renúncias, saudades, decepções, porém foram muito maiores as alegrias, as conquistas, crescimentos, mudanças. Algumas vezes ensinando outras aprendendo, mas nunca perdi meu foco, sempre com dedicação, determinação e direção de Deus.
Nesta longa jornada, muitas pessoas passaram pela minha vida, alguns por um período, outros amigos que permanecem até hoje. Construí minha carreira em cima de um milagre, saindo de Paulista, sem nenhum recurso financeiro, sem empresário, incentivos apenas familiar, desacreditado por médicos e técnicos, vi um sonho distante se tornar realidade.
Com persistência, dedicação e principalmente com a mão de Deus, cheguei a ser reconhecido como melhor jogador do mundo, pentacampeão mundial, entre muitos outros títulos importantes na história do futebol. Entre troféus, medalhas, premiações e títulos , em uma terra onde tudo se consome, deixo aqui uma história, talvez um exemplo, mas com certeza um testemunho de que vale a pena crer e lutar.
“Todo atleta que está treinando aguenta exercícios duros porque quer receber uma coroa de folhas de louro, uma coroa que, aliás, não dura muito. Mas nós queremos receber uma coroa que dura para sempre”. 1 Corintios 9:25
MSN