Delegado pede prorrogação da prisão de Marcelo Carnaúba
O delegado Cícero Lima, responsável pelo inquérito sobre o assassinato do empresário Guilherme Brandão, no dia 26 de fevereiro, confirmou, na tarde desta quarta-feira (12) que deverá pedir a prorrogação da prisão de Marcelo Carnaúba, acusado de matar o dono da choparia Maikai.
O acusado cumpre prisão temporária desde o dia 28 de fevereiro.
Após o depoimento do acusado, que foi ouvido por mais de três horas na Delegacia de Homicídios, em Maceió, o delegado confirmou a conclusão do inquérito do crime. Segundo Cícero Lima, não restam dúvidas de que o assassinato foi premeditado.
Com o depoimento, ficou esclarecido que Marcelo adquiriu a arma usada para o crime no bairro do Tabuleiro, próximo à Bomba do Gonzaga, por R$1.400. Ela seria fruto de um roubo ao vigilante de um posto de saúde, no bairro do Jacintinho. A arma, foi comprada na manhã da segunga-feira, 24 de fevereiro, dois dias antes do crime.
No mesmo dia (24), a arma foi guardada no escritório do Maikai. No dia seguinte, 25, Guilherme e Marcelo teriam uma reunião para tratar da situação financeira da choparia, mas a reunião acabou não acontecendo. O encontro entre o dono e o gerente do estabelecimento só ocorreu na manhã da quarta-feira, 26. Segundo consta no inquérito policial, os dois tiveram uma discussão acalorada que terminou em homicídio, sem chance de defesa para a vítima.
O delegado informou que o inquérito sobre o caso é “robusto” e será, ainda, complementado por provas técnicas de comprovação balística (para confirmar que a arma usada por Marcelo para o crime foi a mesma apresentada por ele à polícia). De acordo com o delegado, o relatório contém elementos suficientes que incriminem Marcelo por homicídio qualificado, crime cuja pena pode variar de 10 a 30 anos de prisão. O inquérito será encaminhado ao Ministério Público que deverá ofertar ação penal por homicídio qualificado.