Guilherme Brandão: Pode haver reconstituição da cena do crime
O delegado Cícero Lima, que preside o inquérito policial sobre o assassinato do empresário Guilherme Brandão, informou à Gazetaweb, na tarde desta segunda-feira (10), que pode pedir à Justiça a reconstituição do crime. O objetivo é tirar dúvidas sobre o que aconteceu dentro do escritório do Maikai, na Jatiúca, antes da vítima ser morta, supostamente pelo gerente do estabelecimento comercial, Marcelo Santos Carnaúba.
O coordenador da Delegacia de Homicídios disse que as investigações estão avançando e que, somente nesta segunda, quatro pessoas foram ouvidas: o pai da vítima, José Eutímio Brandão, e a viúva de Guilherme, além de um contador e um motoboy. “Foram depoimentos importantes, que ajudam na investigação. Estamos trabalhando para elucidar o crime”, afirmou Lima.
O laudo cadavérico, o depoimento de outras duas pessoas e a possível realização de reconstituição do crime podem finalizar os trabalhos de investigação. Até agora, as diligências apontam que o crime foi praticado porque Guilherme teria descoberto suposto desvio de dinheiro do Maikai e que envolvia seu gerente, Marcelo Santos.
Cícero Lima disse ainda que, até agora, não há informações que apontem para o envolvimento de outras pessoas no desvio de dinheiro no Maikai. “Não surgiu fato novo até agora. Pode ser que ainda apareça. Porém, pelo que apuramos, o Gustavo pediu uma auditoria para verificar essa questão do desvio. Estamos apurando apenas a questão do crime de homicídio, mas podemos descobrir outros fatos, como essa questão do dinheiro, que foi a causa”, afirmou.
Segundo o delegado, a reconstituição do crime pode ajudar a polícia a descobrir detalhes do caso. “Possivelmente, peçamos esta reconstituição. Essa seria uma forma de descobrir como agiu o suspeito no crime”, acrescentou.
O gerente do estabelecimento, Marcelo Santos Carnaúba, foi preso suspeito de matar o empresário, crime ocorrido no último dia 26 de fevereiro, no escritório da choparia localizada no Stella Maris.
O crime
Marcelo Santos Carnaúba foi preso dias depois do crime e chegou a confessar o assassinato, ocorrido no escritório da Choparia Maikai, após uma discussão com a vítima. A arma utilizada para matar Guilherme Brandão estava escondida na caixa de energia situada na sala onde ocorreu o homicídio.
Ela teria sido comprada por Marcelo – que chegou a fornecer informações à polícia para confecção de retrato-falado de suspeitos no crime, para, segundo a polícia, fazer parecer um latrocínio – na mesma semana em que matara o empresário.