Ator preso por engano terá que provar que não cometeu crime
Apesar da copeira Dalva Maria Costa Santos ter voltado atrás, admitindo que errou ao apontar o ator Vinícius Romão como sendo o homem que a assaltara, no último dia 10, o ator ainda vai demorar para provar , na Justiça, que nada tem a ver com o crime. Para isso, será necessário que o juiz da 33ª Vara Criminal, onde o caso tramita, declare o processo extinto. No entanto, o juiz só poderá tomar esta decisão depois que o Ministério Público opinar pela extinção, e comunicar o fato por escrito.
Até ontem, segundo a assessoria do Tribunal de Justiça, nenhum comunicado havia chegado ao juízo da 33ª Vara Criminal. Por enquanto, no banco de dados da Polícia Civil ainda consta que o ator foi preso e autuado em flagrante por assalto.
— Será preciso que o juiz declare o processo extinto e comunique o fato à polícia. Então a anotação é retirada — explicou o delegado José Pedro, diretor do Departamento Geral de Polícia de Capital (DGPC).
O delegado titular da 25ª, Niandro Lima, disse que o delegado de plantão William Lourenço Bezerra, teve convicção para autuar o ator em flagrante, baseado no depoimento da copeira e do inspetor Waldemiro Antunes, que prendeu o ator. Perguntado o porque o plantonista não fez um auto reconhecimento de acordo com os padrões do Código Processual Penal ( colocando o acusado junto com outras pessoas com características semelhantes), o delegado Niandro Lima explicou que isto não seria possível.
—Este tipo de reconhecimento, se fosse feito, estaria maculado. A vítima já havia apontado o Vinícius como sendo o autor do crime e acompanhou o momento da prisão dele. Se o ator fosse colocado ao lado de outras pessoas, ela o apontaria novamente – disse Niandro Lima.
O inspetor e o delegado plantonista William Lourenço prestaram depoimento,ontem, na corregedoria de Polícia Civil. Uma investigação foi aberta para apurar se houve irregularidade na prisão do ator.
Fonte: Extra.globo