Museu, aquário e centro cultural: orla ganha nova área de lazer
O lugar de destroços que estragam a beleza da Praia de Ponta Verde e ainda ameaça o equilíbrio ambiental está com os dias contados. A antiga estrutura do Alagoinha dará lugar a um espaço público de convivência para alagoanos e turistas. A construção do Marco Referencial de Maceió será assinada nos próximos dias e o empreendimento, novo cartão postal da cidade, terá uma ampla área de lazer, elevador panorâmico, mirante, museu e aquário.
O projeto foi idealizado pelos arquitetos Marcos Vieira e Ovídio Pascual. A obra está orçada em R$ 18 milhões, recursos do Ministério do Turismo e do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), e tem um prazo de 18 meses, mas há uma expectativa que ela seja concluída até o final do mandato do governador Teotonio Vilela Filho.
Para a Secretaria de Estado do Turismo (Setur), o Marco Referencial será um importante fator, mudando a paisagem da Ponta Verde e transformando um clube em ruínas em um lugar de lazer e cultura. “Além de ser um projeto arquitetônico ambicioso, o Marco Cultural vai movimentar ainda mais a cidade, atraindo moradores e turistas”, diz a secretária Danielle Novis.
Com um projeto que visa expandir o turismo, focando na infraestrutura e na qualidade dos serviços, o Marco Referencial está inserido dentro do programa Alagoas Tem Pressa e é uma das prioridades dentre as ações. “A assinatura da ordem completa o ciclo arquitetônico, mas, paralelamente, serão desenvolvidos projetos complementares que são de responsabilidade da Seinfra [Secretaria da Infraestrutura], órgão responsável pela execução”, explica Fernanda Benedetti, gerente de projetos estruturantes da Setur.
Benedetti destaca ainda que a assinatura é o ponto de partida para a melhor utilização do espaço. “Hoje, temos uma área comum sem uso, que será reestruturada para melhor ser utilizada e servirá também como ‘ponto de partida’, como existe o Marco Zero em Pernambuco”.
Glênio Cedrim, presidente do Maceió Convention & Visitours Bureau (MC&VB), fundação que promove Alagoas como destino turístico de negócios e eventos, considera o Marco Referencial como uma conquista para todo o setor. “O turismo se sustenta de boas vivências no local e a ideia de você apreciar a baía da Pajuçara, da Ponta Verde e Jatiúca é uma experiência única”, expõe. “A implantação de serviços sustentáveis, como a lojinha de souvenir, o polo gastronômico e a concentração cultural noturna enriquecerá ainda mais a visita”, destaca.
Segundo a diretora executiva da Associação Brasileira da Industria de Hotéis (ABIH/AL), Tereza Bandeira, a hotelaria também aguarda ansiosa a conclusão da obra. “O Marco Referencial é um grande divisor de águas, aguardado por toda a hotelaria. A rede hoteleira reconhece a importância do projeto e avalia que a cidade necessita de um local privilegiado, exaltando as belezas da orla, para se tornar um referencial”, completa.
Aprovado desde 2011, o Marco Referencial terá uma estrutura toda nova e com conceitos de sustentabilidade e preservação do meio ambiente. O projeto luminotécnico já é considerado um dos mais verdes do Nordeste e está enquadrado no ISO 1700.
A estrutura será pré-moldada em aço 316, o mais puro do mercado, o que impedirá danos causados pela maresia. O desenho terá o formato de “velas”, representando as jangadas.
Ascom Setur