Polícia já identificou três pessoas que participaram da morte de filha de empresário
O trabalho investigativo das polícias de Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Norte já identificou três pessoas que participaram do assassinato da estudante Camila Canuto, de 20 anos. O corpo dela foi encontrado no dia 21 deste mês, numa estrada vicinal, no município de Cachoeirinha, no Agreste Pernambucano. No dia seguinte o ex-marido de Camila, Shedrick Rauer Ferreira, de 28 anos, foi encontrado morto, com um tiro, na casa dos avós, em natal (RN). Shedrick deixou uma carta, relatando os motivos das mortes.
Trabalho investigativo
A partir do suicídio de Shedrick as polícias de Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Norte iniciaram as investigações para saber se o ex-marido havia assassinado Camila ou se outras pessoas participaram. Como o Fox de Camila não foi encontrado, a possibilidade de outros envolvidos ficou mais clara, até que a polícia chegou a Gustavo Pereira de Oliveira, de 21 anos, que estava com o carro, na periferia de Natal. Ele foi autuado em flagrante por receptação de veículo roubado.
Segundo as informações levantadas pelos delegados José Correia e Luiz Gonzaga Lucena, de Pernambuco e Rio Grande do Norte, Camila foi assassinada com dois tiros. Shedrick teria feito o primeiro disparo, que atingiu o tórax de Camila. A jovem, segundo os delegados, teria ficado agonizando, até que José Adailson, conhecido como ‘Guarda’, consumou a execução da jovem com um tiro na cabeça.
A polícia já sabe que uma terceira pessoa, identificada apenas como Danilo, foi quem passou o carro para Gustavo. Os delegados estão negociando com o advogado dele para que se apresente e conte os detalhes do caso. A polícia também pedirá a prisão de José Adailson. “Segundo as informações que tivemos, o Shedrick pediu para ser morto, mas o Adailson não atirou. Depois quando veio para Natal, Shedrick se matou”, acrescentou o delegado Lucena.
A estudante é filha do empresário Cicero Marques, conhecido no Agreste de Alagoas como Cícero da Pitu, proprietário de uma rede de motéis.
Por Vieira da Silva/ AL1
O ex-marido da arapiraquense Camila Canuto, 20, cometeu o suicídio após confessar para a família dele o assassinato da ex-mulher.
O homem que faz isso, não faz porque está apaixonado.
Ele faz isso porque acha que dispõe do corpo e da alma da sua mulher.
O homem faz isso porque acha que a mulher é inferior, não é sujeito; é objeto.
Quem ama, definitivamente, não mata, nem maltrata.
Quem ama, cativa, seduz, acalenta, trata bem a pessoa amada, a deseja viva em abundância.
Não se mata por amor, mas, sim, por narcisismo, machismo, egocentrismo, vingança, ciúmes, entre outros motivos torpes.
Mata-se a ex-mulher que se libertou do cativeiro de seu casamento, de seu pesadelo doméstico.
De uma vida repleta de humilhações, maus-tratos e omissão.
Nutre-se o assassino de seus mais repugnantes pensamentos, de sua inequívoca constatação de não saber como se trata uma mulher.
Envergonha-se o assassino de sua própria vergonha, de seu arrependimento que chega tarde.
Amor não mata. O que pode matar é a sua falta na estrutura de um ser. Bispo Filho é Administrador de Empresas e Estudante de Jornalismo, foi Coordenador da Abordagem Social e do CREAS-POP da SEMAS.