Novo perfil epidemiológico do Estado é discutido durante Congresso
As ações voltadas a evitar que os alagoanos se exponham a fatores condicionantes e determinantes de doenças começaram a ser discutidas nesta terça-feira (5), no Congresso Alagoano de Promoção da Saúde. O evento – que conta com oficina, mesa-redonda e apresentação de experiências exitosas – prossegue até esta quarta-feira (6), no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, em Maceió.
As condições de trabalho, moradia, alimentação, meio ambiente e lazer determinam a maior ou menor saúde da população. Segundo o chefe de gabinete da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Antônio de Pádua Cavalcante, é necessário que os profissionais de saúde tenham um olhar sobre o perfil da população e as mudanças que acontecem no decorrer do tempo.
“Essa é uma oportunidade de sensibilizar os técnicos e gestores a desenvolver ações para enfrentar o perfil epidemiológico encontrado em cada cidade de Alagoas, porque saúde não é apenas tratar de doenças, e sim, evitá-las. Para isso, é preciso conversar, educar e promover saúde no território”, discursou o chefe de gabinete da Sesau, que representou o titular da pasta, Jorge Villas Bôas.
De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Sandra Canuto, o congresso tem a proposta de que os gestores tracem um plano de ação para a Promoção de Saúde do município, a partir do conhecimento do território e posterior intervenção no local. Ainda durante o evento serão elaboradas estratégias de como atuar a partir dos eixos da alimentação saudável, práticas corporais, tabagismo, álcool e outras drogas, acidentes de trânsito, cultura de paz e desenvolvimento sustentável.
Os desafios atuais da Política Nacional de Promoção da Saúde reforçam a importância de debater ações no contexto do território. Segundo Sheila Lima, representante do Ministério da Saúde, o antigo modelo assistencialista – focado na doença, devido ao número de doenças transmissíveis – passa a ter um novo olhar, voltado agora às ações de promoção relacionadas ao aumento das doenças crônicas não transmissíveis.
“O crescimento das doenças crônicas não transmissíveis – tema considerado novo pelos gestores da saúde – interfere na saúde da população e também nas políticas de enfrentamento dessa nova realidade. Situação que apresenta ainda os agravos – como violência e acidente – entre os dados crescentes de enfermidade”, esclareceu a representante do MS.
Ainda participaram da solenidade de abertura do Congresso Alagoano de Promoção da Saúde, o deputado estadual Judson Cabral; a secretária de Estado da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos, Kátia Born; e o vice-presidente do Conselho Estadual de Saúde, José Wilton dos Santos. O cantor Igbonan Rocha e o grupo de afoxé Ojú Omim Omorewá se apresentaram no evento.
Por Danielle Cândido/Foto Olival Santos