BOPE completa 39 anos de atuação em Alagoas

Tropa especializada tem como função primaz proteger a sociedade. (Foto: Adailson Calheiros)
Tropa especializada tem como função primaz proteger a sociedade. (Foto: Adailson Calheiros)

“Se é para cair, é para cair atirando”. Foi com frases como essa que o Batalhão de Operações Especiais, o Bope, ganhou “fama” através do personagem do Capitão Nascimento, no filme Tropa de Elite. O trabalho do Bope é árduo e minucioso onde todo cuidado é pouco, por agir em situações de crise. Alagoas conta com esse batalhão especial há exatos 39 anos, completados nesta terça-feira, 7.

Para comemorar este aniversário, o Bope trouxe para o estado um curso de capacitação máxima para os militares, o Coesp. Este curso colocará os militares em situações extremas para melhorar o condicionamento físico, além de capacitar todos eles para diferentes áreas.

“É um curso onde o nosso profissional é submetido a uma demanda física e psicológica extrema tanto que, naturalmente, é um curso que forma pouco. Poucos se formam pela questão das condições das quais eles vão ser submetidos de extremo desgaste físico e psicológico, além disso, também tem a alta exigência técnica”, explicou o comandante do Bope, coronel PM Jairison Melo.

Para elaborar as tarefas, o Bope vai contar ainda com o apoio de outras forças policiais, como o Corpo de Bombeiros, Exército e as polícias (Civil e Militar). Sendo que, essa última, vai ajudar nas ações que serão feitas no Sertão de Pernambuco e nas montanhas de Bahia.

“O caveira não pode ser o mais ou menos, ele tem que ser muito bom. Então, ele tem que ser exímio em várias técnicas, a exemplo de tiro, defesa pessoal, natação, salvamento, sobrevivência… São durante esses três meses e meio eles vão está ligados no curso tendo essa área de conhecimento com várias forças da polícia que vão nos apoiar”, pontuou o coronel Jairison Melo.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Operações Especiais

Com pouco mais de 280 policiais militares, hoje, o Bope possui uma missão bem estruturada diante a população. São com ações repressivas contra assaltos e sequestros ou, até mesmo, com ações preventivas contra guerrilhas urbanas e rurais, que o batalhão vem buscando cada vez mais consolidar o trabalho e disseminar a sua cultura de operações especiais.

“Eu costumo dizer que nós não somos os melhores, mas somos diferenciados. Para isso, nós investimos em coisas importantes, como por exemplo, o treinamento. Essa área de atuação é uma área complexa que necessita que o nosso profissional tenha um bom preparo. Além disso, serve, também, para expandir a nossa cultura e, com isso, formar uma novos interessados em integrar a equipe dos caveiras”, comentou o comandante do Bope.

Polícia violenta?

Muitos têm o Bope como uma polícia violenta, porém o comandante do batalhão de Alagoas classifica o trabalho como “energético”, onde eles são acionados para situações que necessitam uma atenção especial para o sucesso da operação.

“O Bope é o último recurso na ação de polícia. É um trabalho de repressão qualificada, ou seja, quando todos os outros recursos não funcionam, nós somos utilizados como último gradiente de força. Por isso, algumas pessoas vem entender que o Bope é uma tropa violenta, quando isso não é uma verdade. O Batalhão de Operações Especiais é uma tropa de repressão qualificada. Sendo que a repressão também faz parte do processo”, comentou o comandante.

Porém, mesmo com tanta formação de imagem errônea, há aqueles que se envolveram tanto com a história e o trabalho do Bope e se renderam a fazer parte desse seleto grupo da polícia de Alagoas. Foi o caso do cabo Copérnico Vieira que, há 28 anos, dedica a sua vida ao Batalhão de Operações Especiais de Alagoas.

“Para vestir o uniforme preto, você tem que honrar o que está fazendo. Trabalhar no Bope é difícil sim, mas é muito prazeroso!”, finalizou o cabo.

 

Da redação com Agência Alagoas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *