Operação da PF desarticula grupo de extermínio em Alagoas

Foto: Divulgação PF
Foto: Divulgação PF

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (01), a Operação “Tombstone”, em referência ao filme: Tombstone – A Justiça Está Chegando. A operação investiga grupo de extermínio responsável por grande número de homicídios na região do município de Pilar/AL. O grupo também está envolvido com tráfico de drogas, roubos e com o comércio ilícito de armas e munições.

Cerca de 130 policiais federais – incluindo operadores do Comando de Operações Táticas da PF – cumprem 12 mandados de prisão temporária, 1 mandado de condução coercitiva e 18 mandados de busca e apreensão, que foram expedidos pela Justiça Estadual. Além de Alagoas, a PF também cumpre mandados em Sergipe, Bahia e Minas Gerais.

A partir da análise da repercussão de casos de homicídios, a PF instaurou inquérito em julho de 2014 iniciando as investigações. Nesse período foi identificado grupo de extermínio, constituído inclusive por agentes públicos, que agia de forma violenta e sistemática sob o falso motivo de promover uma redução na criminalidade local. Para manter seu anonimato, constatou-se que o grupo em suas ações executava sumariamente não só criminosos como também possíveis testemunhas.

O policial militar reformado Antônio Correia da Silva, conhecido como “chibata”, reagiu à prisão e chegou a apontar a arma contra os policiais federais. Ele foi baleado e socorrido para um hospital em Maceió e, segundo a PF, não corre risco de morte.

A PF dará prosseguimento a investigação buscando dar a consistência legal necessária para o indiciamento da associação criminosa, bem como colaborar no esclarecimento das mortes que ocorreram na região e que ainda necessitam de elucidação.

Os presos serão ouvidos na Superintendência da Polícia Federal em Alagoas e, posteriormente, encaminhados ao Complexo Prisional. Nessas condições, os autores, nas medidas de suas participações, responderão pelo crime de associação criminosa, homicídio, tráfico de drogas e comércio ilegal de armas e munições. As penas culminadas podem superar a 30 anos de prisão.

 

Da redação com informações da PF

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